Bem, foi á um ano que eu e a Joelma agarramos no André e fomos até Espanha, Desfiladero de los Gaitanes, El Chorro - Málaga, para ser mais exacto. Já conheciamos o Caminito del Rey daqueles sites que mostram as coisas mais perigosas do mundo e este sempre foi catalogado como o caminho pedestre mais perigoso, e sendo "ao lado de casa", a curiosidade sempre foi mais que muita. Sabíamos que o caminho ia ser recuperado algures nos próximos anos portanto o tempo escasseava, Decathlon connosco para comprar o material de Via-Ferrata e vamos lá passar um dos melhores fins de semana de sempre.
Estive um ano para escrever este report, é verdade. Estava à espera de fazer o vídeo que filmei com a GoPro mas estou a ver que isso está transformado numa tarefa eterna. Prometo que vai saír ainda este Verão. Ou não.
Bem, saímos de Lisboa depois de almoço numa sexta-feira em direcção a Setenil de Las Bodegas, um sitio que tinha lido algures que era fantástico e bastante pitoresco. Chegar lá é que foi um filme, já era de noite, jantámos pelo caminho, na rua á porta de uma bomba de gasolina fechada porque tinha uma luz de presença, gipsy style, e por muitas voltas que dessemos, pareciamos não atinar com o caminho para a tal vila. Chegámos a entrar numa estrada em que numa parte tinha desabado o alcatrão todo e estava uma cratera gigante à nossa frente e ao saír do carro para ver deparo-me com a maior ventania que alguma vez passou por mim, ao ponto de ter que me agarrar ao carro para não caír. Acabamos por dormir na primeira vila que nos apareceu á frente e seguir caminho bem cedo para Setenil de Las Bodegas.
Após acordarmos e comer qualquer coisa, reparámos que estavamos a poucos km do nosso primeiro destino, tanto que demorámos uns 10 ou 15 minutos até lá, mas de noite e com aquele vento parecia que estavamos do outro lado do mundo! Engraçado quando começamos a descer para Setenil e vemos a vila em baixo e começamos a reparar realmente na arquitectura e em como as casas estão literalmente por baixo do monte. Demos uma volta pela vila, tirámos umas fotos, apreciámos o local e ficámos contentes por ter valido mesmo a pena, mas El Chorro chamava por nós.
Digo desde já que o mais dificil do caminho é subir até ao mesmo pois temos que nos armar em macacos e esticar ao máximo para escalar horizontalmente uns 15metros de parede com apenas algumas saliências e uns ferros para pormos os pés. O inicio do caminho original foi deitado abaixo para ninguém subir ao mesmo então este é o unico caminho que existe, sike! Se fores baixinho vais passar mal, se fores baixinho e nervoso vais vacilar muito e se fores baixinho, nervoso e com vertigens, nem metas lá os pés pois quando olhas para baixo são uns 100 metros de altura, mas ao menos a queda é para dentro de água.



Fomos para o carro contentes, arrumámos tudo, fomos almoçar perto da estação de El Chorro e seguimos caminho até Gibraltar. Passámos por Marbelha pelo caminho e fiquei impressionado com a cidade, bonita, ampla, boas praias, gente bonita e motas fixes por todo o lado. Não ficámos porque queria ir ver os macacos a Gibraltar, era o meu objectivo a seguir. Chegámos ao final do dia e o André teve que ficar no lado espanhol pois só se podia passar a fronteira para Gibraltar com identificação, a qual ele tinha deixado em Pt. Sem stress, ele foi até á praia um pouco e eu e a Joelma subimos o parque natural e fomos ver os unicos macacos selvagens ao ar livre da Europa. Têm bastante piada, curiosos com tudo e fazem algumas parvoices como tentar roubar o lenço de uma mota ou tentar partir um espelho da mesma. Até acharam que a minha carrinha era um bom poiso e andavam la por cima e pendurados no espelho.
Hora de voltar e ir apanhar o André e de procurar sitio para dormir. Tinhamos pensado em Algeciras pois é onde toda a gente fica quando apanha o barco para Marrocos e sempre tive curiosidade em conhecer. Tem um porto gigante e por sua vez cheira um pouco mal, talvez pela água parada do porto. Procurámos o sitio mais baratinho numa pensão qualquer de aspecto duvidoso mas confortável. Andámos um pouco a pé á procura de restaurante e no meio de tanto restaurante africano não foi dificil escolher. Ao irmos para o quarto pensámos todos o mesmo: Algeciras é uma chungaria que não se pode! Não quer dizer que me sinta ameaçado lá, mas é realmente chunga. Recuperamos energias e no dia seguinte viemos embora para Lisboa directo, com um pequeno desvio nas Minas de São Domingos só para recordar quando lá estivemos a última vez.
Não sei se vai ser possível ir lá de novo antes de recuperarem o sitio, mas seria bom de voltar a acontecer e principalmente se conseguisse passar a noite lá dentro. Brevemente irei editar o video e colocá-lo online. Ou não.
Stay Fresh
PS - Ficam dois vídeos que fiz upload para o Youtube só para terem uma uma noção. Enjoy.
1 comentário:
lindo. lendo agora é que da para ver quantas merdas passamos em tao pouco tempo, ahah! sabes bem que perguntar preços de motel ao lado de uma prostituta nao te vai acontecer de novo tao cedo. #craze
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