Em Junho foi o virar de um capítulo muito importante para a minha
vida pessoal. Foi quase o começar de uma nova vida, o culminar de um conjunto
de emoções e sentimentos que foram crescendo e ficando mais fortes ao longo dos
tempos e transformaram-se todos num óptimo dia: o casamento. Mas não vou estar
a falar desse dia tao importante, não vai interessar em nada. O que vou falar é
sim da lua-de-mel, a nossa viagem é Riviera Maya, México. O Casamento é
recordado com as milhares de fotos e vídeos do dia, o México só nós os dois lá
estivemos e tenho que descrever como foi para o recordar no futuro.
Dia 4 de Junho de
2012 lá fomos nós apanhar o voo para uma semana maravilhosa numa zona do
planeta mesmo fora do normal. Chegamos em cima da hora (temos desculpa porra,
somos recém-casados) e por causa disso levamos com uma penalização, mas que no
final até acabou por ser benéfico: ficamos em lugares separados! Era o mesmo
banco, mas em filas diferentes junto ao corredor central, e acabou por ser
benéfico por quê? Porque durante as 10 horas de voo lá nos íamos levantando
para ir ter um com o outro, coisa que não aconteceu ao voltar, mas isso fica
para o final. As 10 horas de voo serviram para ler revistas, ver dois filmes e
fechar os olhos (mas não dormir). Chegamos às 17h locais, 23h em Portugal. Ah,
já me esquecia, quando íamos para o avião apanhamos um grupo ridículo de
portugueses que já iam com sombreros e a cantar a música da Cucaracha, o que
achei um exagero ridículo e estava toda a gente sem paciência para os aturar,
mas infelizmente não foi a última vez que os ia ver. Na chegada o céu estava
nublado e alguém disse: ESTOU TRAMADO QUE NÃO TROUXE CASACO! E deve-se ter
arrependido redondamente do que disse porque mal abriram a porta do avião acho
que me ia dando uma coisa má, os pulmões tiveram que se habituar a respirar
aqueles 32graus de calor com uma humidade na ordem dos 95%, o corpo a suar por
todo o lado e o parecer que os pulmões não se enchiam de ar suficiente. Fomos
apanhar o autocarro que nos iria levar ao hotel e chegamos já por volta das 19h
ao hotel, adivinhem com quem? O grupo de portugueses ridículos com a mania que
eram espertos sempre com a música da Cucaracha. Fizemos o Check-In e em vez de
ficarmos no Catalonia Yucatan Beach, ficamos no Catalonia Riviera Maya, que era
o Privileged, um pouco mais caro realmente mas com direito a mais coisas. Valeu
o dinheiro que pagamos a mais! Recomendo. Curti foi quando a senhora da
recepção disse que não tínhamos nada a ver com os outros check-ins visto
estarmos numa parte mais cara e com direito a mais coisas, senti os olhares de
ódio desse grupinho a bater-me nas costas! Ouch! (e eu gosto de passar bué
despercebido, mas aqui soube-me bem que isto tivesse acontecido, estavam prali
a mandar bocas que havia pessoas a passar á frente e que eles é que se queriam
despachar e depois olha.. azar!)
Pusemos as coisas
no quarto e fomos jantar qualquer coisa. Regime de All-Included é mesmo
abusivo, nada de preocupações com dinheiros, é comer e beber o que se quiser a
que horas quisermos seja onde for! Às 22h e tal já estava morto, basicamente já
eram 4 da manha em Portugal e nós tínhamos acordado bastante cedo nesse dia.
Dia 5 acordamos
por volta das 7AM, que com a diferença horária para mim não era nada cedo!
Fomos tomar granda pequeno almoço e deu para ver como era o hotel de dia!
Belissimo!
Fomos directos a
Playa Del Carmen para ir buscar o carro que tínhamos alugado pela net e andamos
por lá às voltas a ver a cidade. Tipicamente Mexicana, achei mesmo muito
acolhedora. Ainda tiramos umas fotos com uns tigres e pumas pequenos, e com uma
macaquinha pequena, foi mesmo giro!
O aluguer do carro
demorou uma eternidade e já nos despachamos perto da hora de almoço. Á tarde
demos mais uma volta pela cidade a ver as lojas (tudo o que fosse de fora era
ridiculamente caro) e decidimos ir de barco até Cozumel. Não aconselho a não
ser que queiram ir lá fazer mergulho porque de resto a cidade só tem bijuteria
cara e lojas que não interessam a ninguém. Nem mesmo a volta de scooter que
fizemos á volta da ilha serviu para alguma coisa, não vimos nada de especial.
Ainda demos um bate-cu quase parados porque começou a chover torrencialmente e
eu queria virar numa curva e a mota escorregou naquele chão tipo cimento liso,
mesmo a 5km/h. Claro que ficámos preocupados mas mal vimos que foi só o cu a
bater no chão só nos rimos da situação estúpida!
Acabamos por
voltar um bocado frustrados, molhados e cansados, mas nada nos mandaria abaixo.
Chegamos ao hotel, tomar um banho, ir jantar e dar uma volta pelas barraquinhas
que se montam á noite com bugigangas muita giras para se comprar. Em relação ao
comprar, nunca se deve comprar nada em dólares que eles sobem logo os preços.
Uma coisa que custe 100 pesos eles dizem que são 10 dólares, 100 pesos = 6 dólares
mais ou menos, portanto já podem ver. E trocar dinheiro para pesos são sempre
cobradas taxas ridículas, o melhor é trocar no país de origem ou dentro dos
resorts.
Mais uma vez fomos
para a cama cedo pois a diferença horária ainda se fazia notar e eu já andava às
turras ao ar.
Dia 6 acordamos de novo às 7AM, mais um pequeno-almoço daqueles
enormes com tudo o que tinha direito, torradas, café, sumos, baked beans, ovos,
bacon, salsichas, panquecas, fruta, tudo o que imaginarmos para um bom pequeno-almoço.
Agarramos no carro e lá fomos nós em direcção a Chichen-Itza que fica a 300km.
O nosso objectivo era chegar ainda cedo para evitarmos as enchentes dos
turistas que vão de autocarro e assim foi. Fomos a uma velocidade bem boa e
chegamos lá umas duas horas depois, entramos sem problemas (se não contarmos
com os bilhetes, afinal tinha que se comprar dois bilhetes, um para o parque e
o outro era para o estado... será que não existe IVA lá? lol). Chichen-Itza é
enorme e tem dezenas de ruínas sendo a principal, a pirâmide de Kulkatan, uma
coisa do outro mundo.
Tem também um
Cenote Sagrado, no qual não se pode tomar banho com montes de iguanas a apanhar
sol em redor. A iguana deve ser a mascote daquela zona do méxico, há sempre
dezenas delas em todo o lado. A única cena má era a quantidade enorme de
barraquinhas a vender recuerdos, os tipos são chatos como tudo e todos vendem o
mesmo! Agora, se todos vendem o mesmo e eu não paro para ver a primeira banca,
porque é que numa fila de 10, os 10 vêm-me chatear e perguntar: "Hey
mister tattoo, wanna buy something? Great prices!" Chato, chato,
chato!
Ouve uma altura
que ouvia uns sons tipo um Puma e eu estava a ficar bué inquieto porque pensei
que eles tivessem algum para ver e fiquei mesmo desiludido quando descobri que
era uma bugiganga que os vendedores tinham que imitava o barulho, mas até hoje
me arrependo de não ter comprado porque era muita giro! Fica para uma próxima!
Lembrei-me agora
do calor que passamos lá, absurdo! E depois o calor, o suor que não desaparecia
por causa da humidade e tudo misturado com repelente para insectos (sim, faz
mesmo falta) e o protector solar... mas que granda mistela! Se forem lá já
sabem, preparem-se!
Saímos de
Chichen-Itza ainda cedo e íamos em direcção ao hotel. Era perto da hora de
almoço e já que estávamos no meio do México queríamos procurar algo
tradicional. Paramos em Valladolid (sim, o mesmo nome que a cidade espanhola,
aliás, havia montes de cidades com nomes iguais a cidades da nossa vizinha
Espanha). Naquelas cidades nunca encontramos os restaurantes bem sinalizados,
como aqui em Portugal então foi obra encontrar um sítio para comer, mas lá
encontramos uma churrascaria de frango e entramos. As pessoas olharam para nós
com ar estranho como quem diz: "Que raio estão estes estrangeiros a fazer
aqui num sítio nada turístico?" mas não quisemos saber, além do mais um
frango completo com acompanhamento era algo como 3 euros (70 ou 80 pesos),
obvio que não íamos dizer que não! O sítio era bastante pobre, não tinha casas
de banho e para lavar as mãos havia um bidão de plástico com uma torneirinha em
baixo em que a água caía num balde. No big deal, aliás, isto é o México!
Saímos de Valladolid
de estômago cheio e com vontade de fazer mais uns valentes km. Fomos mandados
parar pouco depois de Valladolid num controlo policial que há sempre há saída
das principais cidades. Tem piada porque na vinda já tinha passado por este
mesmo controlo mas como não vi polícia não parei, depois olhei para o
retrovisor e estava o senhor a sair de uma barraquinha e ficou a olhar para
mim, se calhar devia ter parado! Desta vez fomos logo mandados parar e o que
pensamos logo? Que vamos ser chulados obviamente mas tal não aconteceu. Senhor
extremamente simpático, fez o papel dele de ver se estava tudo em ordem,
perguntou de onde éramos e se estávamos a gostar e mandou-nos seguir viagem com
um sorriso enorme. Pena que era ilegal tirar fotos com ele senão tínhamos tirado.
Atenção aos topes
nas entradas das povoações, são lombas ou de ferro ou de alcatrão bastante
altas, mesmo para quase pararmos o carro ao passar lá. Achei uma boa medida de
prevenção. No regresso parámos em Coba, mais umas ruínas Maias. Não sei se já tínhamos
combinado fazer isto ou se decidimos á última da hora, mas foi bastante bom
termos lá parado. Só no México percebi o porque de chamarem Rain Forest á
Floresta Tropical, realmente está um calor enorme com altos níveis de humidade
tal que começam a cair gotas das árvores dando a sensação de chuva. Bom demais.
Em Coba primeiro
pagamos a um senhor para nos levar numa espécie de bicicleta que tinha dois
lugares á frente, tipo carrinho. Fomos á pirâmide que se pode escalar e foi
brutal chegar lá acima, 124 degraus íngremes depois.
A vista cá de cima
era maravilhosa e só se via verde! Valeu mesmo a pena. Ainda vimos o
observatório e depois alugamos umas bicicletas e fomos ver o resto do parque.
Saímos de lá
deviam ser umas 15h30 e antes de chegar a Tulum vimos um cenote chamado Gran Cenote
e decidimos ir tomar um banho visto estarmos a morrer de calor. Água cristalina
e fresquinha, peixinhos e tartarugas, é maravilhoso! Mete medo o facto de
aquilo ser uma depressão de terra num rio subterrâneo e como tal há partes em
que deixa de se ver o fundo pois desaparece por baixo da terra, mas vale a
pena.
Chegamos ao hotel
completamente estafados de tanto andar, mais uma vez foi jantar e dar uma
voltinha e cama cedinho, de qualquer maneira íamos ter muito que andar no dia a
seguir também.
Dia 7 começou de
novo cedo mas desta vez o corpo já se vai habituando aos horários e acho que já
me apetecia ficar mais tempo na cama, vale a Joelma acordar sempre cedo e
obrigar-me a levantar! este dia íamos até às Ruínas de Tulum e depois tínhamos
decido ir até ao parque aquático de Xcaret que ficava mesmo perto do hotel. Em
Tulum pedimos um guia, o Carlos, um senhor super simpático com um sotaque
fenomenal que falava um misto de Espanhol e Inglês e que sabia tudo e mais
alguma coisa. Explicou-nos tudo sobre Tulum e algumas coisas sobre Chichen-Itza
e gostamos tanto do senhor que quando chegamos a Lisboa compramos uma Tartaruga
aquática e demos-lhe o mesmo nome.
Podíamos usar uma das praias das ruínas (a outra estava interdita
devido a ser época da desova das tartarugas) mas escolhemos não fazê-lo porque
queríamos ir ao Xel-Há, mas digo já que vale a pena ir á praia.
Mais uma vez saímos das Ruínas antes das enchentes começarem e
fomos em direcção ao Xel-Há no
que víria a ser um dos melhores dias no México. O parque é enorme, dá para
fazer snorkeling e mergulho, nadar com golfinhos, com raias, sei lá mais o que.
Deixamos as coisas num cacifo e vamos num comboio (ou de bicicleta) até á
entrada do rio onde nos dão um colete, uns óculos e um snorkel. Água cristalina
e milhares de peixes á nossa volta enquanto nadamos rio abaixo. Tem sítios para
saltarmos para a água, tem slide, rapel, sei lá mais o que, é uma oferta enorme
de coisas para fazer. E o melhor? A entrada só para um parque são uns 75 euros,
nós pedimos duas entradas cada um para podermos ir ao Xcaret no dia a seguir e
saía mais barato assim, e aqui no Xel-Há pode-se
comer e beber tudo o que se quiser o dia todo! É fenomenal. Fizemos mergulho
mas a experiência não foi muito boa para mim, entrou-me água para os ouvidos e
não fiz a descompressão como deve ser, então andei umas 3 semanas a seguir com
os ouvidos entupidos. Mas hei-de experimentar de novo!
Queríamos ir ao Coco Bongo á noite, a melhor discoteca da América
(onde foi filmado o filme The Mask) mas estávamos bastante cansados e no dia a
seguir íamos entregar o carro de manhã. Ainda deu para ir á piscina do hotel,
estar um pouco na praia, jantamos e ainda fomos ver um pouco do teatro que
existe no hotel com peças todas as noites feitas pelo staff de entretenimento
do hotel. Fomos para a cama cedo que o dia a seguir mais uma vez
prometia.
Dia 8 foi o dia de entregar o carro e ir buscar a Harley que já
tinha alugado pela net umas semanas antes. Claro que tinha que ir para a
América (embora seja a central) e alugar uma Harley para passear naquelas
estradas sempre a direito. Lá fomos nós a pé para conhecermos mais umas ruas.
A Harley era uma 883 de 2004 para aí, ainda a carburador. Sei o
medo que a Joelma tem de motas então concordamos que eu ia sempre devagar, o
que mesmo assim não foi o suficiente para ela não refilar e não ir metade do
caminho a gritar ao meu ouvido o que na altura me chateou mas agora faz-me rir
da situação e do cómico que deve ter sido se alguém olhasse para nós. Pode ser
que um dia destes ela passe a gostar das duas rodas um pouco mais! Fomos até ao
Xcaret que também ficava perto do hotel. Para a próximo já sei que não vale a
pena ir ao Xcaret e ao Xel-Há nas mesmas férias. Devíamos ter comprado os
bilhetes para o outro parque que era o Xplor visto esse ser aventura em Moto4.
O Xcaret é engraçado
mas é uma vertente mais educacional de fauna e flora do local, viveiro de
peixes e tartarugas, etc. Tem uns quantos rios em que grande parte do percurso
é subterrâneo mas não deixa de ser quase a mesma coisa que o Xel-Há. Este já
não tem comida á borla, apenas uma refeição e uma bebida por pessoa. No final
tem uma peça de teatro sobre os Maias, que explica como viviam e mostra um
pouco do jogo da bola deles. Era um espectáculo que durava até às tantas da
noite então decidimos ir embora quando o parque fechou, às 17h, tínhamos que
nos preparar para o Coco Bongo!
Jantamos calmamente no hotel e às 22h e tal fomos de táxi até
Playa Del Carman para ir ao Coco Bongo, a tal discoteca que toda a gente fala.
São 55 euros mesmo bem gastos, bebida de borla durante todo o espectáculo pelo
menos, mas devíamos ter pago ainda mais e íamos para os lugares sentados. O que
se passou a seguir foi algo que não estava á espera, qual show da Broadway qual
que! Tinha um palco enorme em que pessoas caracterizadas igualmente
representavam ou músicas ou cenas de filmes conhecidos tal como Batman, Piratas
das Caraíbas, Moulin Rouge, Queen, Lady Gaga, Beettlejuice, etc etc etc. Fiquei
abismado com o que vi e tive pena de não ter ficado até ao final, saímos perto
das 2AM e já estava a morrer de sono. Fica aqui a promessa de que iremos
voltar, possivelmente em 2014.
Dia 9 não foi tão bom para a Joelma. Algo lhe caiu mal e então
andou meio adoentada. Dormimos até mais tarde pois não tínhamos nada marcado
nesse dia para fazer a não ser entregar a mota às 17H. Fomos tomar o pequeno-almoço
e ela ficou na praia a dormitar e eu aproveitei para ir dar uma volta grande de
mota, fiz uns 100km só para sentir o que era andar naquelas estradas. Voltei na
hora do almoço, fomos comer qualquer coisa, tomar mais uns banhos naquele mar
quente, intercalando com piscina e chegou a hora de ir entregar a mota. Foi
calma a entrega, apanhei um táxi de volta e aconteceu uma situação engraçada, o
motorista tinha que parar num controlo á saída da cidade para dizer onde ia, o
que me fez duvidar um bocado visto eu estar sozinho no carro e isto nunca ter
acontecido antes. Mas havia uma placa em que se podia ler que realmente era
normal e que a viagem já seguiria conforme planeado. E assim foi. Passamos o
resto do dia na praia a relaxar, um belo jantar, se não estou em erro, no
japonês em que os chefes faziam grandas malabarismos com só instrumentos de
cozinha, vimos um pouco de uma peça de teatro, comer uns gelados e cama
connosco que as férias também são para dormir.
Dia 10 não fizemos nada de nada, dormir até mais tarde e passar o
dia de molho na piscina e no mar. Pedimos um táxi para ir ao Supermercado mais
próximo, pedido que eles estranharam. Tanto eu como a Joelma sentimos que
aprendemos bastante pelos Supermercados onde as pessoas normais que vivem ali
vão. Vemos uma panóplia de produtos novos com os quais não estamos
familiarizados e encontramos coisas que só estamos habituados a ver em
filmes.
Pintamos umas caveiras mexicanas para trazer como recordação,
fizemos mais umas compras para oferecer e tivemos mais uma noite descansada. No
dia a seguir era hora de ir embora.
Dia 11 começou como sempre, pequeno-almoço e um bocadinho de
praia/piscina pois às 12h teríamos que estar no lobby do hotel. A Joelma foi mais
cedo para o quarto para descansar pois ainda não se sentia muito bem e queria
arranjar tudo primeiro. Eu fiquei mais um pouco junto da piscina até que vi o
grupo dos Portugueses ridículos a fazerem figuras ainda piores. Não é que foram
tirar fotos junto da praia, até aí tudo bem, mas em que as miúdas simulavam
sexo oral aos rapazes? E com famílias e crianças a passar ao lado. Sabem aquele
sentimento de nojo misturado com vergonha alheia? Foi o que senti. Agarrei nas
coisas rapidamente e fui-me embora dali não fosse toda a gente perceber que eu
também era Português. E depois andava esta gente de nariz empinado como se
tivessem o Rei na barriga, a fazer grandas algazarras em todo o lado que
passavam. E paciência?
Arrumar tudo, ir para o lobby, esperar o autocarro, ir de volta
para o aeroporto. Uma situação que me incomodou foi o facto de no autocarro
pedirem para deixarmos alguma gorjeta aos senhores que carregavam as malas,
pois eram os que ganhavam menos. Eu tinha sempre o cuidado de deixar alguns
pesos, mas pelos vistos era sempre o único, não compreendo a mentalidade
portuguesa. Se calhar foi por ter trabalhado num hotel, aprendi a dar valor a
essas pessoas.
Tivemos sorte pois chegamos cedo e estava pouca gente na fila.
Tivemos que pagar 50 euros cada um se não estou em erro, para sair do país, é
uma taxa que cobram a toda a gente. Não é que faça sentido mas é assim que
funciona, nada a fazer.
Enquanto estávamos á espera que abrissem as portas para o avião andávamos
às voltas no aeroporto até que encontramos uma barraquinha com merch do Coco
Bongo e quando estávamos a chegar veio de novo o tal grupinho da merda a gritar
bem alto: COCO BONGUUU COCO BONGUUUUU, o que fez todo o aeroporto olhar para
eles e que por sua vez causou vergonha alheia em mim e na Joelma e fugimos dali
a sete pés para não sermos confundidos com eles. A paciência estava mesmo a
esgotar-se, ainda bem que nunca mais os vi desde esse episódio.
Desta vez ficámos juntos nos lugares, num conjunto de apenas dois
bancos, mas passamos as 10 ou 11 horas de voo sempre sentados sem nos mexermos.
Devo dizer que tinha preferido ficar separado de novo, tal não foi a seca e o
desconforto que apanhamos. Fiquei com dores nos dois dias a seguir, ou seja, não
foi uma maneira ideal de terminar a viagem, mas é um pormenor que não interessa
a ninguém.
E assim foram as nossas férias no México e fica aqui o testemunho
para mais tarde recordar e também tem algumas dicas para quem queira lá ir
futuramente.
Stay Fresh
2 comentários:
assim muito resumidamente: INVEJA!
viver é brutal. ainda bem que curtiram mil. já agora, aposto que a joelma fingiu estar doente so para te calares com a cena da mota e ires dar uma volta sozinho! ahah.
Enviar um comentário