07 setembro 2012

Mexico - Junho de 2012



Em Junho foi o virar de um capítulo muito importante para a minha vida pessoal. Foi quase o começar de uma nova vida, o culminar de um conjunto de emoções e sentimentos que foram crescendo e ficando mais fortes ao longo dos tempos e transformaram-se todos num óptimo dia: o casamento. Mas não vou estar a falar desse dia tao importante, não vai interessar em nada. O que vou falar é sim da lua-de-mel, a nossa viagem é Riviera Maya, México. O Casamento é recordado com as milhares de fotos e vídeos do dia, o México só nós os dois lá estivemos e tenho que descrever como foi para o recordar no futuro.

Dia 4 de Junho de 2012 lá fomos nós apanhar o voo para uma semana maravilhosa numa zona do planeta mesmo fora do normal. Chegamos em cima da hora (temos desculpa porra, somos recém-casados) e por causa disso levamos com uma penalização, mas que no final até acabou por ser benéfico: ficamos em lugares separados! Era o mesmo banco, mas em filas diferentes junto ao corredor central, e acabou por ser benéfico por quê? Porque durante as 10 horas de voo lá nos íamos levantando para ir ter um com o outro, coisa que não aconteceu ao voltar, mas isso fica para o final. As 10 horas de voo serviram para ler revistas, ver dois filmes e fechar os olhos (mas não dormir). Chegamos às 17h locais, 23h em Portugal. Ah, já me esquecia, quando íamos para o avião apanhamos um grupo ridículo de portugueses que já iam com sombreros e a cantar a música da Cucaracha, o que achei um exagero ridículo e estava toda a gente sem paciência para os aturar, mas infelizmente não foi a última vez que os ia ver. Na chegada o céu estava nublado e alguém disse: ESTOU TRAMADO QUE NÃO TROUXE CASACO! E deve-se ter arrependido redondamente do que disse porque mal abriram a porta do avião acho que me ia dando uma coisa má, os pulmões tiveram que se habituar a respirar aqueles 32graus de calor com uma humidade na ordem dos 95%, o corpo a suar por todo o lado e o parecer que os pulmões não se enchiam de ar suficiente. Fomos apanhar o autocarro que nos iria levar ao hotel e chegamos já por volta das 19h ao hotel, adivinhem com quem? O grupo de portugueses ridículos com a mania que eram espertos sempre com a música da Cucaracha. Fizemos o Check-In e em vez de ficarmos no Catalonia Yucatan Beach, ficamos no Catalonia Riviera Maya, que era o Privileged, um pouco mais caro realmente mas com direito a mais coisas. Valeu o dinheiro que pagamos a mais! Recomendo. Curti foi quando a senhora da recepção disse que não tínhamos nada a ver com os outros check-ins visto estarmos numa parte mais cara e com direito a mais coisas, senti os olhares de ódio desse grupinho a bater-me nas costas! Ouch! (e eu gosto de passar bué despercebido, mas aqui soube-me bem que isto tivesse acontecido, estavam prali a mandar bocas que havia pessoas a passar á frente e que eles é que se queriam despachar e depois olha.. azar!)
Pusemos as coisas no quarto e fomos jantar qualquer coisa. Regime de All-Included é mesmo abusivo, nada de preocupações com dinheiros, é comer e beber o que se quiser a que horas quisermos seja onde for! Às 22h e tal já estava morto, basicamente já eram 4 da manha em Portugal e nós tínhamos acordado bastante cedo nesse dia.

Dia 5 acordamos por volta das 7AM, que com a diferença horária para mim não era nada cedo! Fomos tomar granda pequeno almoço e deu para ver como era o hotel de dia! Belissimo!


Fomos directos a Playa Del Carmen para ir buscar o carro que tínhamos alugado pela net e andamos por lá às voltas a ver a cidade. Tipicamente Mexicana, achei mesmo muito acolhedora. Ainda tiramos umas fotos com uns tigres e pumas pequenos, e com uma macaquinha pequena, foi mesmo giro! 



O aluguer do carro demorou uma eternidade e já nos despachamos perto da hora de almoço. Á tarde demos mais uma volta pela cidade a ver as lojas (tudo o que fosse de fora era ridiculamente caro) e decidimos ir de barco até Cozumel. Não aconselho a não ser que queiram ir lá fazer mergulho porque de resto a cidade só tem bijuteria cara e lojas que não interessam a ninguém. Nem mesmo a volta de scooter que fizemos á volta da ilha serviu para alguma coisa, não vimos nada de especial. Ainda demos um bate-cu quase parados porque começou a chover torrencialmente e eu queria virar numa curva e a mota escorregou naquele chão tipo cimento liso, mesmo a 5km/h. Claro que ficámos preocupados mas mal vimos que foi só o cu a bater no chão só nos rimos da situação estúpida! 


Acabamos por voltar um bocado frustrados, molhados e cansados, mas nada nos mandaria abaixo. Chegamos ao hotel, tomar um banho, ir jantar e dar uma volta pelas barraquinhas que se montam á noite com bugigangas muita giras para se comprar. Em relação ao comprar, nunca se deve comprar nada em dólares que eles sobem logo os preços. Uma coisa que custe 100 pesos eles dizem que são 10 dólares, 100 pesos = 6 dólares mais ou menos, portanto já podem ver. E trocar dinheiro para pesos são sempre cobradas taxas ridículas, o melhor é trocar no país de origem ou dentro dos resorts. 
Mais uma vez fomos para a cama cedo pois a diferença horária ainda se fazia notar e eu já andava às turras ao ar.

Dia 6 acordamos de novo às 7AM, mais um pequeno-almoço daqueles enormes com tudo o que tinha direito, torradas, café, sumos, baked beans, ovos, bacon, salsichas, panquecas, fruta, tudo o que imaginarmos para um bom pequeno-almoço. Agarramos no carro e lá fomos nós em direcção a Chichen-Itza que fica a 300km. O nosso objectivo era chegar ainda cedo para evitarmos as enchentes dos turistas que vão de autocarro e assim foi. Fomos a uma velocidade bem boa e chegamos lá umas duas horas depois, entramos sem problemas (se não contarmos com os bilhetes, afinal tinha que se comprar dois bilhetes, um para o parque e o outro era para o estado... será que não existe IVA lá? lol). Chichen-Itza é enorme e tem dezenas de ruínas sendo a principal, a pirâmide de Kulkatan, uma coisa do outro mundo.


Tem também um Cenote Sagrado, no qual não se pode tomar banho com montes de iguanas a apanhar sol em redor. A iguana deve ser a mascote daquela zona do méxico, há sempre dezenas delas em todo o lado. A única cena má era a quantidade enorme de barraquinhas a vender recuerdos, os tipos são chatos como tudo e todos vendem o mesmo! Agora, se todos vendem o mesmo e eu não paro para ver a primeira banca, porque é que numa fila de 10, os 10 vêm-me chatear e perguntar: "Hey mister tattoo, wanna buy something? Great prices!" Chato, chato, chato! 
Ouve uma altura que ouvia uns sons tipo um Puma e eu estava a ficar bué inquieto porque pensei que eles tivessem algum para ver e fiquei mesmo desiludido quando descobri que era uma bugiganga que os vendedores tinham que imitava o barulho, mas até hoje me arrependo de não ter comprado porque era muita giro! Fica para uma próxima! 
Lembrei-me agora do calor que passamos lá, absurdo! E depois o calor, o suor que não desaparecia por causa da humidade e tudo misturado com repelente para insectos (sim, faz mesmo falta) e o protector solar... mas que granda mistela! Se forem lá já sabem, preparem-se!

Saímos de Chichen-Itza ainda cedo e íamos em direcção ao hotel. Era perto da hora de almoço e já que estávamos no meio do México queríamos procurar algo tradicional. Paramos em Valladolid (sim, o mesmo nome que a cidade espanhola, aliás, havia montes de cidades com nomes iguais a cidades da nossa vizinha Espanha). Naquelas cidades nunca encontramos os restaurantes bem sinalizados, como aqui em Portugal então foi obra encontrar um sítio para comer, mas lá encontramos uma churrascaria de frango e entramos. As pessoas olharam para nós com ar estranho como quem diz: "Que raio estão estes estrangeiros a fazer aqui num sítio nada turístico?" mas não quisemos saber, além do mais um frango completo com acompanhamento era algo como 3 euros (70 ou 80 pesos), obvio que não íamos dizer que não! O sítio era bastante pobre, não tinha casas de banho e para lavar as mãos havia um bidão de plástico com uma torneirinha em baixo em que a água caía num balde. No big deal, aliás, isto é o México! 
Saímos de Valladolid de estômago cheio e com vontade de fazer mais uns valentes km. Fomos mandados parar pouco depois de Valladolid num controlo policial que há sempre há saída das principais cidades. Tem piada porque na vinda já tinha passado por este mesmo controlo mas como não vi polícia não parei, depois olhei para o retrovisor e estava o senhor a sair de uma barraquinha e ficou a olhar para mim, se calhar devia ter parado! Desta vez fomos logo mandados parar e o que pensamos logo? Que vamos ser chulados obviamente mas tal não aconteceu. Senhor extremamente simpático, fez o papel dele de ver se estava tudo em ordem, perguntou de onde éramos e se estávamos a gostar e mandou-nos seguir viagem com um sorriso enorme. Pena que era ilegal tirar fotos com ele senão tínhamos tirado. 
Atenção aos topes nas entradas das povoações, são lombas ou de ferro ou de alcatrão bastante altas, mesmo para quase pararmos o carro ao passar lá. Achei uma boa medida de prevenção. No regresso parámos em Coba, mais umas ruínas Maias. Não sei se já tínhamos combinado fazer isto ou se decidimos á última da hora, mas foi bastante bom termos lá parado. Só no México percebi o porque de chamarem Rain Forest á Floresta Tropical, realmente está um calor enorme com altos níveis de humidade tal que começam a cair gotas das árvores dando a sensação de chuva. Bom demais.
Em Coba primeiro pagamos a um senhor para nos levar numa espécie de bicicleta que tinha dois lugares á frente, tipo carrinho. Fomos á pirâmide que se pode escalar e foi brutal chegar lá acima, 124 degraus íngremes depois.


A vista cá de cima era maravilhosa e só se via verde! Valeu mesmo a pena. Ainda vimos o observatório e depois alugamos umas bicicletas e fomos ver o resto do parque.
Saímos de lá deviam ser umas 15h30 e antes de chegar a Tulum vimos um cenote chamado Gran Cenote e decidimos ir tomar um banho visto estarmos a morrer de calor. Água cristalina e fresquinha, peixinhos e tartarugas, é maravilhoso! Mete medo o facto de aquilo ser uma depressão de terra num rio subterrâneo e como tal há partes em que deixa de se ver o fundo pois desaparece por baixo da terra, mas vale a pena. 



Chegamos ao hotel completamente estafados de tanto andar, mais uma vez foi jantar e dar uma voltinha e cama cedinho, de qualquer maneira íamos ter muito que andar no dia a seguir também.


Dia 7 começou de novo cedo mas desta vez o corpo já se vai habituando aos horários e acho que já me apetecia ficar mais tempo na cama, vale a Joelma acordar sempre cedo e obrigar-me a levantar! este dia íamos até às Ruínas de Tulum e depois tínhamos decido ir até ao parque aquático de Xcaret que ficava mesmo perto do hotel. Em Tulum pedimos um guia, o Carlos, um senhor super simpático com um sotaque fenomenal que falava um misto de Espanhol e Inglês e que sabia tudo e mais alguma coisa. Explicou-nos tudo sobre Tulum e algumas coisas sobre Chichen-Itza e gostamos tanto do senhor que quando chegamos a Lisboa compramos uma Tartaruga aquática e demos-lhe o mesmo nome. 


Podíamos usar uma das praias das ruínas (a outra estava interdita devido a ser época da desova das tartarugas) mas escolhemos não fazê-lo porque queríamos ir ao Xel-Há, mas digo já que vale a pena ir á praia.



Mais uma vez saímos das Ruínas antes das enchentes começarem e fomos em direcção ao  Xel-Há no que víria a ser um dos melhores dias no México. O parque é enorme, dá para fazer snorkeling e mergulho, nadar com golfinhos, com raias, sei lá mais o que. Deixamos as coisas num cacifo e vamos num comboio (ou de bicicleta) até á entrada do rio onde nos dão um colete, uns óculos e um snorkel. Água cristalina e milhares de peixes á nossa volta enquanto nadamos rio abaixo. Tem sítios para saltarmos para a água, tem slide, rapel, sei lá mais o que, é uma oferta enorme de coisas para fazer. E o melhor? A entrada só para um parque são uns 75 euros, nós pedimos duas entradas cada um para podermos ir ao Xcaret no dia a seguir e saía mais barato assim, e aqui no  Xel-Há pode-se comer e beber tudo o que se quiser o dia todo! É fenomenal. Fizemos mergulho mas a experiência não foi muito boa para mim, entrou-me água para os ouvidos e não fiz a descompressão como deve ser, então andei umas 3 semanas a seguir com os ouvidos entupidos. Mas hei-de experimentar de novo! 


Queríamos ir ao Coco Bongo á noite, a melhor discoteca da América (onde foi filmado o filme The Mask) mas estávamos bastante cansados e no dia a seguir íamos entregar o carro de manhã. Ainda deu para ir á piscina do hotel, estar um pouco na praia, jantamos e ainda fomos ver um pouco do teatro que existe no hotel com peças todas as noites feitas pelo staff de entretenimento do hotel. Fomos para a cama cedo que o dia a seguir mais uma vez prometia. 

Dia 8 foi o dia de entregar o carro e ir buscar a Harley que já tinha alugado pela net umas semanas antes. Claro que tinha que ir para a América (embora seja a central) e alugar uma Harley para passear naquelas estradas sempre a direito. Lá fomos nós a pé para conhecermos mais umas ruas.



A Harley era uma 883 de 2004 para aí, ainda a carburador. Sei o medo que a Joelma tem de motas então concordamos que eu ia sempre devagar, o que mesmo assim não foi o suficiente para ela não refilar e não ir metade do caminho a gritar ao meu ouvido o que na altura me chateou mas agora faz-me rir da situação e do cómico que deve ter sido se alguém olhasse para nós. Pode ser que um dia destes ela passe a gostar das duas rodas um pouco mais! Fomos até ao Xcaret que também ficava perto do hotel. Para a próximo já sei que não vale a pena ir ao Xcaret e ao Xel-Há nas mesmas férias. Devíamos ter comprado os bilhetes para o outro parque que era o Xplor visto esse ser aventura em Moto4. O  Xcaret é engraçado mas é uma vertente mais educacional de fauna e flora do local, viveiro de peixes e tartarugas, etc. Tem uns quantos rios em que grande parte do percurso é subterrâneo mas não deixa de ser quase a mesma coisa que o Xel-Há. Este já não tem comida á borla, apenas uma refeição e uma bebida por pessoa. No final tem uma peça de teatro sobre os Maias, que explica como viviam e mostra um pouco do jogo da bola deles. Era um espectáculo que durava até às tantas da noite então decidimos ir embora quando o parque fechou, às 17h, tínhamos que nos preparar para o Coco Bongo!



Jantamos calmamente no hotel e às 22h e tal fomos de táxi até Playa Del Carman para ir ao Coco Bongo, a tal discoteca que toda a gente fala. São 55 euros mesmo bem gastos, bebida de borla durante todo o espectáculo pelo menos, mas devíamos ter pago ainda mais e íamos para os lugares sentados. O que se passou a seguir foi algo que não estava á espera, qual show da Broadway qual que! Tinha um palco enorme em que pessoas caracterizadas igualmente representavam ou músicas ou cenas de filmes conhecidos tal como Batman, Piratas das Caraíbas, Moulin Rouge, Queen, Lady Gaga, Beettlejuice, etc etc etc. Fiquei abismado com o que vi e tive pena de não ter ficado até ao final, saímos perto das 2AM e já estava a morrer de sono. Fica aqui a promessa de que iremos voltar, possivelmente em 2014. 


  
Dia 9 não foi tão bom para a Joelma. Algo lhe caiu mal e então andou meio adoentada. Dormimos até mais tarde pois não tínhamos nada marcado nesse dia para fazer a não ser entregar a mota às 17H. Fomos tomar o pequeno-almoço e ela ficou na praia a dormitar e eu aproveitei para ir dar uma volta grande de mota, fiz uns 100km só para sentir o que era andar naquelas estradas. Voltei na hora do almoço, fomos comer qualquer coisa, tomar mais uns banhos naquele mar quente, intercalando com piscina e chegou a hora de ir entregar a mota. Foi calma a entrega, apanhei um táxi de volta e aconteceu uma situação engraçada, o motorista tinha que parar num controlo á saída da cidade para dizer onde ia, o que me fez duvidar um bocado visto eu estar sozinho no carro e isto nunca ter acontecido antes. Mas havia uma placa em que se podia ler que realmente era normal e que a viagem já seguiria conforme planeado. E assim foi. Passamos o resto do dia na praia a relaxar, um belo jantar, se não estou em erro, no japonês em que os chefes faziam grandas malabarismos com só instrumentos de cozinha, vimos um pouco de uma peça de teatro, comer uns gelados e cama connosco que as férias também são para dormir.

Dia 10 não fizemos nada de nada, dormir até mais tarde e passar o dia de molho na piscina e no mar. Pedimos um táxi para ir ao Supermercado mais próximo, pedido que eles estranharam. Tanto eu como a Joelma sentimos que aprendemos bastante pelos Supermercados onde as pessoas normais que vivem ali vão. Vemos uma panóplia de produtos novos com os quais não estamos familiarizados e encontramos coisas que só estamos habituados a ver em filmes. 
Pintamos umas caveiras mexicanas para trazer como recordação, fizemos mais umas compras para oferecer e tivemos mais uma noite descansada. No dia a seguir era hora de ir embora.

Dia 11 começou como sempre, pequeno-almoço e um bocadinho de praia/piscina pois às 12h teríamos que estar no lobby do hotel. A Joelma foi mais cedo para o quarto para descansar pois ainda não se sentia muito bem e queria arranjar tudo primeiro. Eu fiquei mais um pouco junto da piscina até que vi o grupo dos Portugueses ridículos a fazerem figuras ainda piores. Não é que foram tirar fotos junto da praia, até aí tudo bem, mas em que as miúdas simulavam sexo oral aos rapazes? E com famílias e crianças a passar ao lado. Sabem aquele sentimento de nojo misturado com vergonha alheia? Foi o que senti. Agarrei nas coisas rapidamente e fui-me embora dali não fosse toda a gente perceber que eu também era Português. E depois andava esta gente de nariz empinado como se tivessem o Rei na barriga, a fazer grandas algazarras em todo o lado que passavam. E paciência?
Arrumar tudo, ir para o lobby, esperar o autocarro, ir de volta para o aeroporto. Uma situação que me incomodou foi o facto de no autocarro pedirem para deixarmos alguma gorjeta aos senhores que carregavam as malas, pois eram os que ganhavam menos. Eu tinha sempre o cuidado de deixar alguns pesos, mas pelos vistos era sempre o único, não compreendo a mentalidade portuguesa. Se calhar foi por ter trabalhado num hotel, aprendi a dar valor a essas pessoas.
Tivemos sorte pois chegamos cedo e estava pouca gente na fila. Tivemos que pagar 50 euros cada um se não estou em erro, para sair do país, é uma taxa que cobram a toda a gente. Não é que faça sentido mas é assim que funciona, nada a fazer. 
Enquanto estávamos á espera que abrissem as portas para o avião andávamos às voltas no aeroporto até que encontramos uma barraquinha com merch do Coco Bongo e quando estávamos a chegar veio de novo o tal grupinho da merda a gritar bem alto: COCO BONGUUU COCO BONGUUUUU, o que fez todo o aeroporto olhar para eles e que por sua vez causou vergonha alheia em mim e na Joelma e fugimos dali a sete pés para não sermos confundidos com eles. A paciência estava mesmo a esgotar-se, ainda bem que nunca mais os vi desde esse episódio.
Desta vez ficámos juntos nos lugares, num conjunto de apenas dois bancos, mas passamos as 10 ou 11 horas de voo sempre sentados sem nos mexermos. Devo dizer que tinha preferido ficar separado de novo, tal não foi a seca e o desconforto que apanhamos. Fiquei com dores nos dois dias a seguir, ou seja, não foi uma maneira ideal de terminar a viagem, mas é um pormenor que não interessa a ninguém.


E assim foram as nossas férias no México e fica aqui o testemunho para mais tarde recordar e também tem algumas dicas para quem queira lá ir futuramente.


Stay Fresh

2 comentários:

Rita disse...

assim muito resumidamente: INVEJA!

André disse...

viver é brutal. ainda bem que curtiram mil. já agora, aposto que a joelma fingiu estar doente so para te calares com a cena da mota e ires dar uma volta sozinho! ahah.